domingo, 24 de fevereiro de 2013

A formação das cidades-estado / Atenas e Esparta

Período Micênico

A maior ilha do mar Egeu, Creta, era habitada pelos povos minoicos ou minoanos, assim chamados em referencia ao lendário rei Minos. Criaram um império marítimo com grande desenvolvimento do comercio, dominavam escritas e varias técnicas de construção e de linguagem artística  A região da Península do Peloponeso passou a ser ocupada por diversas levas migratórias de povos indo-europeus, provenientes principalmente na Rússia e do Cáucaso. As culturas dos aqueus e dos cretenses  já haviam se misturado, e os aqueus acabaram por controlar o território minoico, tomando posse do palácio de Knossos na ilha de Creta. Pesquisadores supõem que a sociedade micênica estava organizada em uma monarquia e o poder era concentrado por um governante supremo, que controlava o conjunto da vida social, econômica e mesmo religioso. O rei era apoiado por um conselho de anciões agerusa. O período Micênico é dessa forma caracterizado por um estado centralizado e monarquico. Em 1250 a.c os reis micênicos invadiram a cidade de Tróia, após um cerco que durou dez anos, mas sua influencia começou e enfraquecer com as invasões dos dórios provenientes do norte e que também falavam a língua grega.

                                                    Guerreiros micênicos derrotam os bárbaros. Pilos 1200 a. C. 




                                                                                  Dama de Micenas. S. XIII   


Período Homérico

O período ha Homérico recebeu esse nome por ter sido o poeta Homéro um dos que registrou os acontecimentos dessa época. Desenvolveram a metalurgia do ferro por ser um mineral fácil de manuseio, barato e abundante e sua fabricação permitiam que os instrumentos fossem mais resistentes. Os campos de cultivos expandiram-se com o desmatamento permitido pelo machado metálico e novas terras tornaram-se metálicas e novas terras tornaram-se agricultáveis. Os centros urbanos eram pequenas aglomerações onde os homens livres se reuniam para as atividades políticas e civis: comércio praticado na praça pública (Àgora) e cerimônias religiosas realizadas no local de defesa (Acrópole). A escravidão cresceu e os escravos eram utilizados em diversas atividades econômicas ( escravos eram estrangeiros negociados, prisioneiros de guerra e pequenos proprietários endividados). A organização social era o Ikos e estava sob autoridade de um patriarca e senhor que era o chefe do clã. No final do período homério cresceram os conflitos pela posse de terras levando a desagregação dos clãs. Com os ataques constantes entre os diversos grupos dos antigos clãs em conflitos a população camponesa, para se defender refugiou-se em fortalezas cercadas por muralhas de madeira construídas no alto das colinas. Essa prática acabou formando um novo modo de vida provocando um fortalecimento do espaço urbano. O período homérico marca os primeiros sinais da idéia de que existe um mundo humano movido pela ação humana e não apenas depende do mundo dos deuses que definindo-se assim a concepção que se tinha de mistério e do espaço sagrado. Outra importante mudança de mentalidade no período homérico foi a idéia totalmente nova de que só existiria a sociedade humana se essa soberania de valor religioso (anaxes e sacerdotes) fosse despersonalizada e o poder pudesse ser algo compartilhado pelos membros de uma mesma comunidade.






Período Arcaico

O período foi marcado pelo surgimento das Pólis (cidade estado) que eram cidades que tinham seus próprios governos.  
Características: Acrópole - lugar alto que favorecia a proteção de invasões e dava uma visão mais ampla da cidade. Continuam as desigualdades sociais dos clãs dos séculos VIII e IV a.c começou uma revolução da população rural para abolir a escravidão dos povos. Por causa dos conflitos a maior parte da população migrou para a Ásia, África, Litoral da Itália onde foram fundadas as colônias em parte aliviaram os presos provocados pelos conflitos sociais.


















Período Clássico

500 a.c ha 338 a.c. Surgimento de mecanismos e regras sociais, época do ouro (democracia ateniense), desenvolvimento da arte e da filosofia. Póleis com organizações diferentes: Atenas - democrática. Esparta - oligárquica.

Atenas era a maior e mais poderosa pólis,comércio agrário - ambos pagavam impostos e tributos = prata, a sociedade em três categorias: cidadãos, metecos (estrangeiros) e escravos. 
Esparta ficava no Vale do rio Eufrates, sociedade: hilotas, esparciatas e periecos. 
Disciplina dos cidadãos era o sistema hopolítico.  









Período Helenístico

A partir do ano 350 a.C., uma nova civilização começou a ascender politicamente e militarmente no Mundo Antigo. A Macedônia, sob o domínio do rei Felipe II, iniciou um processo de expansão territorial que rompeu com a hegemonia do mundo grego. 

Seguindo os passos do pai, o rei Alexandre, o Grande, continuou a expandir os domínios macedônicos até a Ásia Menor, chegando até a Índia. Esse vasto domínio de territórios controlados por Alexandre foi responsável por formar o chamado mundo helenístico. Essa região não só definia os limites do império macedônico, mas também indicava um conjunto de hábitos e práticas culturais institucionalizadas pelo governo alexandrino. A divisão político-territorial enfraqueceu a unidade mantida nos tempos de Alexandre. Durante o século II a.C., os romanos iniciaram seu processo de expansão territorial, resultando na dominação do antigo Império Macedônico. 









































Atenas

Atenas era maior e mais poderosa pólis, por que rinha muitos colônias no estrangeiro, as colônias comercias e as agrárias pagavam-lhe tributo, em geral em prata. Era formada por três categorias: os cidadãos, metecos (estrangeiros) e os escravos. Para ser cidadão era preciso ser homem livre, nascido em Atenas  e ter pais também atenienses, os ricos viviam na cidade dedicando-se a política , a filosofia, ao esporte , enquanto isso os escravos trabalhavam nas suas terras, os cidadãos mais modestos eram artesãos, donos de pequenas oficinas ou proprietários de pequenos lotes de terras, os escravos realizavam varias tarefas, as domesticas, prestar serviços, trabalhar nos  estaleiros, nas padarias, olarias, oficias artesanais, e como funcionários públicos.Os piores escravos eram os das minas que trabalhavam nas piores condições de vida, era homens, mulheres e crianças, trabalhavam muito, comiam e dormiam pouco, alem de ser vigiados, eram acorrentados e castigados fisicamente.
A mulher ateniense não era considerada cidadã, o casamento a transformava em um bem de troca, o objetivo era a preservação das famílias, eram educadas pelas mais velhas, com quem aprendiam os trabalhos domésticos, cozinhar e tecer, dedicavam-se também a  leitura e a musica.As moças mais ricas tinham aula de dança, musica e canto, participavam de uma série de festas, também praticavam vários esportes atléticos.
Em Atenas, havia espaços comuns frequentados por todos os seus grupos socias e outros reservados apenas a grupos diferenciados, como o mercado, o teatro, o estádio, todos esses lugares ficavam na parte baixa da cidade, a ágora.


Esparta

Esparta é localizada no vale do rio Eurotas, na península Peloponeso, era formada por cinco aldeias e originou-se por volto do século XI a.c quando o povo dório invadiu a região. Com o aumento da população, ocorreu a expansão de Esparta para outros territórios, cujos servos de Estado. Os periecos eram homens livres, proprietários de terras, porém em locais não tão férteis quanto as terras dos cidadão. 
Esparta se caracterizou por ser uma sociedade que exigia de seus cidadãos muita disciplina, iniciada desde a infancia. Foi em Esparta que se desenvolveu o chamado sistema hoplítico de combate: os cidadãos soldados, chamados hoplitas, combatiam com suas lanças, a pé, em fileiras, protegidos por seus escudos, e sem o uso de cavalos.
A organização política da cidade estava centrada em dois reis, com poder hereditário e funções religiosas e militares. Mas, na pratica, o poder era exercido pela Gerúsia, ou Conselho de Anciãos, inclusive aos reis. A gerúsia era responsáveis pelas leis. Anualmente eram eleitos cinco éforos que tinham o poder de fiscalização e deveriam convocar a assembleia dos cidadãos quando achassem necessário. 
Economia de Esparta : Nos tempos da Grécia antiga a economia de Esparta baseava-se no cultivo de cereais, vinha e oliveiras, culturas tipicamente mediterrânicas, e na extração de minerais como o manganês.

Nos dias de hoje a economia de Esparta continua a basear-se na agricultura mediterrânica, como a oliveira e os citrinos.Esparta é o principal produtor de laranjas da Grécia.

Cultura: Contrariamente a Atenas, a cidade-estado rival, Esparta nunca se destacou culturalmente, uma vez que a sua sociedade sempre esteve orientada para a formação de guerreiros fortes e corajosos.

Educação Espartana: 

O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparciata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.


Os jovens e a Paidéia

A vida estava baseada na Paidéia, isto é, na educação dos jovens que adquiriam um saber sem o qual a cidade e o espaço público não poderiam realizar-se.
O valor principal que todo e qualquer cidadão deveria desenvolver era a virtude. A virtude era excelência na conduta pública, na qual se baseava o ideal de polis e do exercício de cidadania.
A partir dos sete anos de idade, a criança deveria frequentar uma escola, e os mais ricos estudavam em casa e era acompanhado por uma espécie de preceptor (pedagogo) um escravo destinado aos cuidados do jovem. Todos os filhos os cidadãos aprendiam leitura, escrita, aritmética, música, ginástica, dança, esporte inclusive natação.
A caça era um instrumento para se obter a virtude. A caça valorizada era aquela que o caçador, sem o auxílio de armadilhas, vencia o animal pela corrida,ou pelo arremessamento de uma lança entre outras coisas. O caçador mais valorizado tinha que ter bravura e virtude pelas habilidades técnicas.
Em Esparta, quando os as crianças completavam sete anos , a cidade assumia a responsabilidade da educação da criança. A criança era submetida a treinamentos rígidos para a vida civil e militar.
Já os jovens espartanos que possuía idade de 16 e 20 anos de idade passavam por uma série de rituais e treinamentos rigorosos. Entre elas, uma das mais terríveis e de difícil execução era krypteia. Na krypteia, os jovens eram obrigados a levar uma vida clandestina;
 Na kripteia, o jovem era obrigado a matar um hilota, um escravo de Esparta e a roubar seu alimento.
Você deve estar se perguntando por que os jovens tinham que matar um escravo? 
Os jovens tinham que aprender a ter sangue frio, não ter piedade.Treina para guerra para não falhar.


Grupo 1:
Flavia Ranna Nº: 05
Nathália Tavares Nº: 14
Paloma Patricio Nº: 15
Virginia Martins Nº: 20


Um comentário:

  1. Gostei do conteúdo apresentado de maneira cronológica e fácil visualização, assim como as imagens adequadas e o filme do telecurso ajudou a compreender melhor o conteúdo. Porém poderiam ter colocado uma questão para reflexão e futuros comentários. Prof. Donizeti.

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