Jovens,juventudes,histórias...
Introdução:
Nas últimas
cinco décadas, a juventude vem, literalmente, virando o mundo de pernas para o
ar. Se, antes da metade do século, era dócil e, muitas vezes, subserviente,
diante de uma sociedade patriarcal e autoritária, a partir daí afirmou-se,
através da rebeldia e da busca de caminhos próprios. Iniciando pelos requebros
de quadris de Elvis, passando pelos cabelos longos dos Beatles, pelas passeatas
e músicas de protesto dos anos 60, pelo movimento hippie, pela liberação
feminina e pelo amor livre, nos anos 70, pela invenção e adoção apaixonada dos
computadores pessoais e dos videogames, na década de 80, pelo mergulho no mundo
da internet e da multimídia, já nos anos 90, os jovens mostraram sua poderosa
força transformadora.
Diferenças das décadas
Década de 50:
Historicamente,
os anos 50 ficaram marcados como os anos do “pós-guerra”, o que significou o
fim da escassez de bens de consumo em geral. A seguinte análise tem como
objetivo mostrar o panorama da sociedade nos anos 50 e a relação da juventude
com essa sociedade valorizadora de seu passado. Adiantamos que é uma juventude
que inicia seus movimentos de contestação direta, através de um comportamento,
e que essa mesma juventude está em formação, que se dará completa em Maio de
68.
Chama-se
de “Anos dourados” o período que focaliza essa análise. Seu início se dá no fim
da 2ª Guerra Mundial e perpassa boa parte do período da Guerra Fria.
Conceitualmente, é caracterizada por representar uma vitrine da boa vida diante
do mundo atrasado e vermelho da União Soviética. É um retorno a um período de
estabilidade, onde a tradição volta a ser aplicada. Focalizando nosso estudo no
espaço estadunidense, percebemos a (re)construção do “American
Dream”. Reconstrução porque o que se dá na sociedade estadunidense,
neste período, é um retorno às formas tradicionais de vida, abaladas pela
Grande Guerra.
Década
de 60:
Enquanto os costureiros impunham a moda nas décadas anteriores, nos anos 60 essa situação se inverte: é o público que passa a exigir novas criações, mais precisamente os jovens, que tinham, por características, um estilo de vida emancipado. Queriam mudar o mundo e rejeitavam a estrutura de vida dos pais.
Década de 70:
No início dos anos 70, os jovens estão
embalados pelo lema "sexo, drogas e rock n’roll. A busca do êxtase por métodos físicos e, principalmente,
químicos é incansável. Janis Joplin, Jim Morrison, vocalista do grupo The Doors,
e Jimmy Hendrix tornam-se mitos. Janis entra para a história como uma
bem-sucedida cantora branca de blues, sempre turbinada pelo uísque e pela
heroína. Hendrix, o maior guitarrista de rock de todos os tempos, difunde a
psicodelia e espanta pela criatividade e vigor de seus solos. Morrison é
reverenciado por suas letras de cunho existencialista e por seu exibicionismo
em cima dos palcos. Os três têm morte prematura por causa do excesso de drogas
e viram ícones do movimento hippie.
Oito anos depois do lançamento do primeiro compacto,
os Beatles se separam.
Grupo mais influente e popular do rock n ‘roll de todos os tempos, o quarteto deixa um
disco inacabado, Let it Be, e seus integrantes partem para projetos
individuais.
O lançamento da saia conhecida como "midi"
é um fracasso. Com comprimento até o meio da canela, padrão exigido para a
primavera de 70 pelos grandes estilistas europeus, a peça perde espaço para as
minissaias e para o blue jeans.
As feministas passam a fazer mais barulho a
partir de 70. Cerca de 10 000 mulheres se reúnem na Quinta Avenida, em Nova
York, para reivindicar direitos iguais aos dos homens. Manifestações
semelhantes ocorrem em outras cidades dos Estados Unidos.
Década de
80:
Na década de 80 jovens e digamos, “recém-adultos”, tinham um jeito
rebelde bem característico. Um toque de revolta nos atos, forma de vestir e em
suas letras de música. Na época aqui em solo Brasileiro bandas como a Legião Urbana e Capital Inicial apresentavam
letras carregadas de mensagens com objetivo de mostrar a consciência do jovem a
respeito de tudo que lhes era imposto ou incomodava e também daquelas “coisas
de gente grande”, assuntos até então bem longe de seu alcance visual. Lá fora o
ritmo da juventude era o mesmo (talvez mais violento) e a banda irlandesa U2
também mostrava letras com preocupação política como o clássico Sunday Bloody Sunday
em referência ao incidente do Domingo Sangrento em Derry na Irlanda do Norte.
Muito da atitude consciente do jovem moderno sem dúvida é reflexo
de toda a personalidade que os adultos de hoje mostraram no auge da Geração
Coca-Cola, abrindo portas e dando voz à juventude. Algum tempo depois o mundo
mudou e chegamos a Geração Y, também
conhecida como geração do milênio, constituída por nascidos entre as décadas de 80 e 90 (há quem
afirme que o período inicia-se na década de 70). Entre seus traços mais
marcantes estão a facilidade de lidar com tecnologia e a internet, dada pelo
seu desenvolvimento na época onde grandes avanços ocorreram em tais aspectos e
o acesso à tecnologia começou sua forma mais ampla.
Década
de 90:
Os anos 90 começaram com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria,
sendo esses seguidos pela consolidação da democracia, globalização e
capitalismo global e como factos marcantes podemos destacar a Guerra do Golfo,
esta tem como protagonistas os Estados Unidos e a Grã-Bretanha contra os países
do médio oriente.
A cultura jovem dos anos 90 era caracterizada pela
sua diversidade e assim se rotularam os vários grupos que a constituíam. Este
universo social foi desde o superficialismo e consumismo até à militância
ambientalista e antiglobalizante.
Começa a estar na moda o uso dos piercings, das
tatuagens, as All Star /Tênis, os jeans e camisolas coloridas. O consumo de
drogas (ecstasy) é uma característica desta década bem como a vida social mais
ativa (discotecas). A televisão dos anos 90 é invadida pelas Tartarugas Ninja,
o Pokemon, o Dragon ball, os Power Rangers, a MTV, as marés vivas, o Oliver e Benji,
entre outros.
Na música, podemos destacar a Madonna, os Pearl
Jam, os Nirvana, as Spice Girls, os Back Street Boys, a Shakira e Bon Jovi.
Década de
2000:
Os jovens da década de 2000 são mais consumistas e
mais influenciáveis, nomeadamente pelos media, devido à força que estes meios
possuem neste novo milênio. Temáticas como a anorexia, bulimia, gravidez na
adolescência, drogas, sexualidade na adolescência, virgindade e violação passam
a ser muito relevantes na esfera pública.
Os jovens começam a sair e a consumir álcool cada
vez mais cedo, contudo, os espaços de lazer e de socialização da juventude
começam a sofrer alterações devido à proliferação da tecnologia, dos videojogos
e das redes sociais como o facebook, o hi5, o twitter, o MySpace e o Orkut.
Grupo:
Flávia Ranna Nº05
Maria Clara Nº13
Nathalia Tavares
Nº14
Paloma Patricio
Nº15
Virginia Martins
Nº20