segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Modernidade, tempo e homem...


Modernidade, tempo e homem... 



A concepção de tempo da igreja medieval, assim como o surgimento de uma nova idéia de tempo que se formava entre os mercadores da idade média trouxe um novo pensamento e a era moderna. Essa nova concepção de tempo dos mercadores foi decisiva para a formação do capitalismo e da modernidade, trazendo uma outra visão de homem e de mundo, representando uma ruptura na cultura medieval. As mudanças de uma mentalidade que marcam a ruptura do pensamento e da organização da sociedade medieval estão presentes num novo padrão artístico e cultural, fundamentando uma nova visão de homem e de ciência. Nesse contexto, aparece também uma nova forma de pensar e fazer política idealizavam um modelo ideal e perfeito de conduta dos governantes, associando a política ao mundo do sagrado. A partir da era moderna, a política começa a ser compreendida a partir da ação concreta dos homens, a prática efetiva e não mais o modelo ideal. Prevalecia o pensamento de Maquiavel e a ideia de absolutismo, trazendo a formação do estado baseado na unificação e centralização do poder.




Dentre essa nova era, surgiram vários pensadores que defendia e discordavam da ideia de absolutismo.
Podemos citar três grandes estudiosos: 
Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e John Locke.
Maquiavel defendia a ideia do absolutismo e dizia que o rei tinha de ser temido para que o estado se tornasse forte.




Hobbes era a favor de um contrato social no qual o povo deveria abrir mão de seus direitos e destina-los ao rei. Assim, o poder seria centralizado, e absoluto



Já Locke pensava em um contrato social que ao contrário de Hobbes, cedia alguns direitos ao rei, mas continuavam a ter posse de seus direitos naturais.


''A modernidade é uma adaptação da idade medieval de acordo com suas necessidades''


Isadora Prudente 08 
Julia Pereira 09
Rafaella Rossato 16
Daniel de Oliveira 04

domingo, 25 de agosto de 2013

Tempo, Espaço e Modernidade

Introdução

Neste capítulo iremos estudar a concepção de tempo da Igreja Medieval, o surgimento de uma nova ideia de tempo que se formava na Idade Média. Essa nova ideia trouxe outra visão do mundo, representando uma ruptura na cultura medieval.

A Terra como espelho do céu

Santo Agostinho revelou várias formas de como perceber o tempo. Para Santo Agostinho conceitos de tempo e Universo estavam intimamente ligados. Segundo ele, a criação do mundo coincidiu com a criação do tempo. Ele afirmava, também, a existência de duas cidades que correspondiam à divisão do Universo. A primeira cidade era a celeste, em que estariam a verdade e a justiça, onde o governo seria para todos e se realizaria a igualdade coletiva. A segunda cidade, conhecida como cidade terrestre, onde estariam a corrupção e a mentira.
Essa ideia de mundo se consagrou na Igreja no século XVIII, com Santo Tomás de Aquino, submetendo a razão e conhecimento cientifico ao domínio da fé cristã.
A ideia de Universo que a Igreja medieval seguia o modelo astronômico criado por Aristóteles. A ordem cósmica era determinada por um movimento circular, considerando o circulo a forma geométrica perfeita. O circulo, por não ter começo nem fim, contém um movimento estável, sem mudança, o que representa o equilíbrio. Para a igreja, esse modelo representava a ordem criada por Deus, o infinito e o eterno.                   

 O cosmos estaria dividido em duas regiões: sublunar e a supralunar. A sublunar era constituída por os quatro elementos: água, ar, terra e fogo. Essa região era constituída pelo planeta Terra, que estava fixo no centro do Universo, e não realizava o movimento circular.

Entre os judeus, às 12 horas da noite se dividiam em 4 vigílias, de 3 horas cada uma: Primeira vigília: Das 6 da tarde às 9 da noite; Segunda vigília: das 9 à meia-noite; Terceira vigília: da meia-noite às 3 da madrugada; e a Quarta vigília: das 3 às 6. Começava então o dia, sendo que as horas contavam-se a partir das 6 da manhã (matina). Assim, a primeira hora (ou prima), era as 6 da manhã; sexta hora, o meio-dia; e nona hora, as 3 da tarde. (Lembrando que Jesus morreu na cruz próximo à nona hora, segundo os Evangelhos). 
A Igreja Católica desde logo estabeleceu dos ofícios: 
1) Ofício da Noite 
2) Ofício do Dia. 
O Ofício da Noite era e é também chamado de Ofício das Vigílias (porque enquanto o mundo dorme, os religiosos faziam vigília com orações).
Eis a Correspondência das horas canônicas: 
Matinas: 00h00 
Laudes: 03h00 
Primas (início das missas públicas): 06h00 
Terça (oportunidade da missa solene): 09h00 
Sexta: 12h00 
Nona: 15h00 
Vésperas: 18h00 
Completas: 21h00

Quanto ao passar do tempo, foi no primeiro século da era cristã que surgiu a ampulheta. Ela mede o tempo de acordo com a passagem da areia de um recipiente de vidro para outro, através de uma estreita ligação. Nos séculos XVI e XVII (já na Renascença), foram feitas ampulhetas para funcionar durante períodos de quinze e trinta minutos.

É importante ressaltar que "contar" o tempo é algo que a humanidade passou a valorizar após a Revolução Comercial (por causa da cobrança de juros) e, especialmente, após a Revolução Industrial quando questões de produtividade e desempenho passaram a ser consideradas.
Quanto ao passar do tempo, foi no primeiro século da era cristã que surgiu a ampulheta. Ela mede o tempo de acordo com a passagem da areia de um recipiente de vidro para outro, através de uma estreita ligação. Nos séculos XVI e XVII (já na Renascença), foram feitas ampulhetas para funcionar durante períodos de quinze e trinta minutos.

É importante ressaltar que "contar" o tempo é algo que a humanidade passou a valorizar após a Revolução Comercial (por causa da cobrança de juros) e, especialmente, após a Revolução Industrial quando questões de produtividade e desempenho passaram a ser consideradas.
Quanto ao passar do tempo, foi no primeiro século da era cristã que surgiu a ampulheta. Ela mede o tempo de acordo com a passagem da areia de um recipiente de vidro para outro, através de uma estreita ligação. Nos séculos XVI e XVII (já na Renascença), foram feitas ampulhetas para funcionar durante períodos de quinze e trinta minutos.
É importante ressaltar que "contar" o tempo é algo que a humanidade passou a valorizar após a Revolução Comercial (por causa da cobrança de juros) e, especialmente, após a Revolução Industrial quando questões de produtividade e desempenho passaram a ser consideradas.
É importante ressaltar que "contar" o tempo é algo que a humanidade passou a valorizar após a Revolução Comercial (por causa da cobrança de juros) e, especialmente, após a Revolução Industrial quando questões de produtividade e desempenho passaram a ser consideradas.


A segunda região conhecida como supralunar, constituída de um fluido imaterial, uma quinta-essência chamada éter, que envolveria todo o Universo. O espaço supralunar, o movimento era circular e contínuo, estável e eterno, sem começo nem fim.   
Para Igreja medieval, a esfera supralunar significava o Céu cristão, morada de Deus, reduto da verdade.
A Terra, mundo sublunar, encontrava fixa no Universo e não realizava o movimento circular, sinal de equilíbrio e harmonia; ao contrário, o planeta Terra vivia em transformações, o que mostrava seu caráter imperfeito e caótico.

A concepção medieval, a hierarquia que estava presente no Universo estava espelhada na Terra;

Nessa concepção havia os que nasceram para orar (clero), os que nasceram para guerrear (nobreza), e os que nasceram para trabalhar (camponeses, artesãos e mercadores).

As horas sagradas na Idade Média

As horas que marcavam o tempo na Idade Média , eram as horas dos cantos e das rezas dos monges da Igreja. As diferentes horas do dia e da noite , na Idade Média , correspondiam e representavam diversos momentos da vida de Cristo. Com isso , o tempo na Idade Média tinha um significado sagrado ; baseado na Bíblia, a existência humana devia voltar – se para o mundo divino, a fim de conseguir a salvação eterna. A vida cotidiana nos mosteiros e as atividades realizadas em seu entorno eram marcadas pelo badalar dos sinos. Os sinos chamavam os monges para as atividades, para orar, cantar e rezar as “horas”.
Essa divisão do tempo por sua vez era baseada (com algumas adaptações) na forma com que os judeus contavam o tempo. 

O Tempo da Igreja e o Tempo do mercador: um conflito de modos de vida

A expressão o “tempo da Igreja” refere-se a uma forma de pensar.
Segundo o historiador francês Jacques Le Goff, a lenta mudança em torno da concepção de tempo de tempo representou uma ruptura na constituição de Modernidade.
Durante a Idade Média, predominava o comércio local, mas os mercadores estavam submetidos às estações do ano e às intempéries naturais. Contudo, a partir do século XI com o renascimento do comércio surgiu a organização de redes comerciais; assim a ênfase passou a ser no deslocamento de pessoas e mercadorias.
Na sociedade medieval os mercadores formavam um grupo inferior e com pouco poder. Segundo São Tomás de Aquino, o comércio era uma atividade inferior e tinha caráter vergonhoso. O ponto central de conflito entre a Igreja e o mercador é a questão da comercialização do tempo; o tempo era sagrado e divino, ou seja, não era humano e não podia ser comercializado. Assim, comercializar o tempo era um sacrilégio, uma afronta a ordem celeste e terrestre.
Da mesma forma que o mercador descobriu o preço do tempocom à exploração do espaço através das rotas comerciais, pois, nessa atividade, a duração essencial passou a ser a de um percurso. Com a demora das navegações geravam a necessidade de um controle sobre o tempo.

O Relógio mecânico e as horas na Modernidade

O relógio não foi inventado somente para o avanço tecnológico, nem da ruptura medieval, pois os monges tiveram grande necessidade de um relógio mecânico, quando a pontualidade era considerada uma virtude. Essa pontualidade não era nada relacionada a dinheiro ou economizar tempo mais sim para manter disciplina perante as horas sagradas.
Mas o relógio mecânico acabou sendo incorporado pelo mercador, mudando seu significado, e servindo como instrumento para organizar a produção, economizar, lucrar, controlar, disciplinar e humanizar o tempo terrestre.
Um dos primeiros relógios foi erguido na capela do palácio dos Visconti, em Milão, no ano de 1335, estava marcando 12 horas, como permanece nos dias atuais, divido em dois conjuntos de 12 horas (meia-noite e meio-dia), cada hora correspondia há 60 minutos. Essa padronização de horas só contribuiu para a ruptura e mudança da ideia de tempo.
No mesmo ano, o governante de Artoris, autorizou os habitantes a erguerem um campanário, cujo sino iria marcar a quantidade de horas de trabalho dos operários têxteis. Em 1350, na França, o rei Carlos V ordenou que todos os sinos da cidade de Paris soassem de hora em hora seguindo o ritmo do palácio real, reforçando o poder do Estado, assim esse poder se materializou no controle que o rei começou a exercer sobre o tempo e sobre a própria Igreja, pois submeteu toda a cidade á marcação do tempo urbano, do trabalho, da produção mecânica, ou seja, um tempo dessacralizado.
A partir do século XIV, os relógios multiplicaram-se na Europa, sendo instalados em edifícios e prédios públicos.

A Igreja e a Modernidade

Ruptura e a mudança da ideia de tempo: A marcação do tempo passava a ser humano através do trabalho e da produção, em vez do tempo sagrado. A reforma protestante foram novas maneiras de ver o cristianismo como o sentido do pecado, do trabalho e o papel do sacerdote. Teólogo e Martinho Lutero faz críticas a Igreja Católica - Condenou a venda de indulgências (perdão e misericórdia) - A simonia (venda de imagens sagradas - Atitude imoral de muitos padres Lutero rompe com a Igreja Católica e é excomungado pelo Papa.

Contrarreforma: à partir da mentalidade burguesa dos mercadores a palavra trabalho passou a ter valor positivo a com significado religioso. Criou também o Tribunal da Santa Inquisição: órgão da Igreja para verificar a fé popular e julgar atitudes e as heresias contra a fé.

Pensadores da Modernidade perseguidos pela Santa Inquisição: Maquiavel e Galileu Galilei; tiveram seus livros proibidos e Galileu teve que retirar algumas de suas afirmações para não morrer na fogueira. Mas em 1984 o Papa João Paulo II reconheceu em nome da Igreja, que Galileu estava certo.


A contra reforma: a Igreja Católica no mundo moderno

Diante do crescimento do protestantismo, a Igreja Católica se sentiu obrigada a rever alguns aspectos internos, até como forma de impedir a perda de mais fiéis para o novo pensamento religioso. A partir dessa preocupação, a Igreja realizou entre 1545 e 1563, um Concílio na cidade de Trento. Esse foi um grande debate sobre os fundamentos da doutrina católica e ficou conhecido como Contrarreforma. A Igreja, através do Concílio de Trento reformou a atitude e o comportamento do clero.
A Contrarreforma católica utilizou o poder do tribunal do Santo Ofício ou Santa Inquisição; esse tribunal era uma instituição criada no século XII e responsável pela verificação da fé popular e tinha o poder de julgar as atitudes e as heresias contra a fé.
Dois grandes pensadores da Modernidade foram objeto de perseguição do Tribunal de Santa Inquisição: Maquiavel, e Galileu Galilei, que teve de retirar algumas afirmações para não morrer na fogueira.
A Contrarreforma católica foi marcante na colonização portuguesa na América, pois sob sua inspiração foi criada a Companhia de Jesus. Essa Companhia e os padres jesuítas foram os grandes responsáveis pela catequese e difusão da fé católica entre as populações das diversas nações indígenas.

Não existe mais a Santa Inquisição; no entanto, existem mecanismos de controle dos membros do clero, como a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, presidida até 2005 pelo Papa Bento XVI.

Individuo e natureza: a ideia moderna de mundo

Galileu Galilei foi fundamental na criação de um método de investigação da natureza, baseado em três aspectos: observação, experimentação e utilização da linguagem matemática, assim ele descobriu que a Lua é ‘rugosa’, apresentava elevações como montanhas e inúmeras irregularidades, assim como a Terra e o Sol não eram perfeitos a Lua também não era perfeita e nem o centro do Universo; portanto a Terra deixa de ser o lugar do pecado, da corrupção, do inferno, para ser mais uma planeta nem melhor nem pior que os outros.



Grupo 1:
Flavia Ranna Nº: 05

Maria Clara Nº: 13Nathália Tavares Nº: 14
Paloma Patricio Nº: 15
Virginia Martins Nº: 20